Como eu
vim parar aqui? Está certo, eu me apaixonei, sabia que decerto
iria sofrer de afeto. Agora é tarde, a tarde finda e a noite em
secreto me impregna de café com lembranças tuas:
“Na lapa, na ilha, na
cozinha, no samba, bamba na sua mão e ainda de abuso, no que estar
por vir”. Exclamo: “que sentimento bruto, absurdo desalmado que
roubou meu cavalo e sumiu, sumiu por aí acordando o mundo onde só
dorme os burros. Beijo volumoso dos infernos, divino, fino, bruto,
interno. Não há incerteza, há mordida, chupões, bebida, batida,
gozo! E Interdiz qualquer folião aprendiz que diz que não há raiz
na paixão.