2 de novembro de 2012

Pose...

Entre fios
No cio
Faço pose
Gozando em close.

((( Camila Senna )))

Foi assim...


Onde foi que me perdi?
Será que numa neblina
Dum dia vulgar?
Ou num sol quente
Dum dia espinhoso sem mar?
Mas já resolvi:
A primeira não quero mais encontrar
Perdi minhas digitais,
Rasguei minhas roupas,
Queimei os fatos,
Tirei os sapatos,
Apaguei as pegadas. “Sumi!”
Quando me revi, foi assim:
Cheia de desígnio,
Cheia de “sim”,
Sangrando sexo
Abortando o tédio,
Estuprando o amor,
Exalando minha cocaína natural. 


  ((( Camila Senna )))



Interdiz...


Como eu vim parar aqui?
Está certo, eu me apaixonei, sabia que decerto iria sofrer de afeto.
Agora é tarde, a tarde finda e a noite em secreto me impregna de café com lembranças tuas:
Na lapa, na ilha, na cozinha, no samba, bamba na sua mão e ainda de abuso, no que estar por vir”. Exclamo: “que sentimento bruto, absurdo desalmado que roubou meu cavalo e sumiu, sumiu por aí acordando o mundo onde só dorme os burros.
Beijo volumoso dos infernos, divino, fino, bruto, interno. Não há incerteza, há mordida, chupões, bebida, batida, gozo! E Interdiz qualquer folião aprendiz que diz que não há raiz na paixão.

((( Camila Senna )))

...



Meu amor dorme...
e quando acorda,
Não sorrir.

((( Camila Senna )))



Sem liçença poética...


Foda-se sem liçença poética
Mania de ética, de métrica
De crítica, de características pontuadas....
Ou você é Rei ou você não é nada!
Cambada de palermas interrompidos...
Numa década esperta
Mas não intangível.



((( Camila Senna )))

Cabala...

 
Minha mandala
Foi além do tempo da cabala
Ela tocou no cosmo da promessa.

((( Camila Senna )))