30 de junho de 2013

Paz na alma...


Que o céu azul divinal
Resplandeça sobre a noite fria e injusta,
Que tem assolado meu sono
Que tem me tirado a paz...
A paz que tenho gritado com voz firme em terra morta

Que os lençóis brancos e voadores dos meus sonhos,
Não fiquem encardidos com a poeira.
A poeira do esquecimento, da solidão
Que tenta a todo instante
Mofar minhas certezas e me tirar a direção

Que o fundo musical dos meus sentidos
Não fique em silêncio...
Que os desígnios do meu coração
Não sejam só emoção,
Mas temperados com pitadas de razão.

Quando meus olhos chorarem
Escorrendo pelos caminhos da minha vida...
E desaguando no mar da minha boca...
O paladar seja sal, visceral
Não quero inferno astral, nem inglória.

Quero vendaval...
Vendaval de amor, mas com pitadas de força.
Para enfrentar a vida e suas feridas.
Pois quero ainda que sofrida...
Flores em todas as estações

Que os meus ouvidos não desanimem e atentos fiquem...
Para ouvir ao longe a musica tocada por sião,
Que sustenta-me a alma...
Que me trás calma,
Me encanta...
E põe freios na agitação do meu coração.


Camila Senna

Trecho do poema: "Mês de Junho"

"traiçoeira é a
rosa-dos-ventos"

não me acho no provável,
a certeza é íntima
goza no meu coração
erudito, alagado de cio.

Camila Senna

...

Dei bom dia a noite
e boa noite ao dia.

Velei o papel em branco
que enamorava minhas
palavras infindas de vazio.



Camila Senna